A medicina não encontrou uma causa exata que explique o porque desses defeitos nos bebês. Alguns estudos chegaram a demonstrar que esse defeito se dá sobretudo em famílias com um histórico dessa anormalidade em um pai, em outra criança ou num parente próximo. Mas também ficou demonstrado que pode ocorrer em famílias sem os antecedentes já mencionados. Se pais que não nasceram com uma fenda, tiverem um bebê com essa anomalia, as probabilidades de que tenham outro bebê igual, oscilam entre 2 e 8 por cento. Se um dos pais tem uma fenda, mas nenhum dos seus filhos têm essa anomalia, as probabilidades de ter um bebê com esse defeito são de 4 a 6 por cento. Se um dos pais e um filho apresentam uma fenda, as probabilidades de que outro filho nasça com essa anomalia são ainda maiores. Recomenda-se, nesses casos, consultar um especialista em genética.
Também acreditam que alguns fatores ambientais, como remédiox, drogas, produtos químicos, fungos, inclusive deficiências de vitaminas (como o ácido fólico), que reagem com certos gens específicos e acabam interferindo no processo normal do fechamento do palato e no desenvolvimento do lábio.
A boca do feto se forma durante os primeiros três meses da gestação. Durante esse tempo, as partes do palato superior e o lábio superior normalmente se unem Quando essa junção não ocorre, o bebê terá um lábio leporino e/ou fenda palatina. Uma criança pode ter lábio leporino, fenda palatina, ou ambos. O lábio leporino e a fenda palatina juntos são mais comuns em meninos que em meninas.
É importante saber que a maioria dos bebês que nascem com essa fenda, são sadios e não tem nenhuma outra anomalia congênita.
Os resultados estéticos da cirurgia de correção da fenda labiopalatina estão cada vez melhores. Caso a fenda ainda fique muito marcada, há a possibilidade de fazer novas operações, ainda durante a infância, para melhorar o aspecto estético.
O ideal é que seu filho seja acompanhado também por ortodontistas, principalmente no caso de fenda palatina, para monitorar o crescimento do maxilar e dos dentes e o funcionamento da boca em geral. Em algumas crianças, a voz pode ficar anasalada, por isso pode ser aconselhável consultar um fonoaudiólogo.
No caso da fissura palatina, o bebê pode sofrer de otites (infecções no ouvido) com mais frequência, por causa da entrada de líquido no canal do ouvido.